Pergunte a um/a cientista

O projeto "Pergunte a um/a cientista" é uma articulação entre diferentes centros, institutos e faculdades da UNICAMP e da USP para conduzirmos uma escuta nas escolas primeiramente, e em uma segunda fase com o público que tem acesso à internet.

Ele pede simplesmente que, em caso de dúvida sobre alguma informação recebida ou lida na mídia, a pessoa pergunte a um/a cientista. Trata-se de um serviço de interlocução entre a comunidade científica e a sociedade, e tem como prioridade maior a interlocução com os estudantes e professores das escolas públicas.

Com o  Pergunte, queremos criar estratégias conjuntas de interlocução com a  sociedade, refletindo e sistematizando as dinâmicas de desinformação que  tem boa recepção no Brasil, com o objetivo geral de diminuir o alcance  dos processos de desinformação.

Nossa missão  é auxiliar o cidadão a compreender sua realidade imediata.

Referência: Política Institucional de Direitos Humanos da Universidade Estadual de Campinas.

O letramento midiático e informacional é um conjunto inter-relacionado de competências que ajudam as pessoas a maximizar as vantagens e minimizar os danos nos novos cenários de informação, digital e comunicação. 

O letramento midiático e informacional abrange as competências que permitem que as pessoas se envolvam de forma crítica e eficaz com a informação, outras formas de conteúdo, as instituições que facilitam a informação e diversos tipos de conteúdo e o uso criterioso das tecnologias digitais.  
As capacidades nestas áreas são indispensáveis ​​para todos os cidadãos, independentemente da sua idade ou origem.

Algumas questões relevantes:

• engajamento crítico civil
• desenvolvimento sustentável
• todos os provedores de informação tem igual status
• todo cidadão é criador de informação e tem uma mensagem
• se expressar é para todos, dentro do nexo dos direitos humanos
• informação, conhecimento e mensagens não são sempre neutros, essa verdade deve ficar transparente e inteligível para todos
• os direitos ligados a  apreender  novas informações, mensagens e conhecimentos não devem ser comprometidos,...

Diálogo Intercultural é um aprendizado contínuo para nos envolvermos  com o conteúdo e serviços de comunicação para promover acesso à informação, liberdade de expressão, diálogo inter-religioso, democrática participação e igualdade de gênero, acolhimento e participação de imigrantes, e advogar contra todas as formas de desigualdade, intolerância e discriminação.

No Brasil, em função da nossa falta de cultivo das relações com os povos originários por diferentes motivos, manter a floresta em pé, os rios saudáveis e os hábitos ancestrais preservados é um processo que pretendemos fortalecer.

Estamos desde sempre em terras de povos originários.  Vamos conversar!

Como podemos trabalhar juntos para garantir sustentabilidade e uma ecologia humana voltada para o bem viver.

{Imagem encontrada no @Jaguatirika}

O compromisso público e coletivo com a justiça é base para constituição de toda sociedade democrática. Depende diretamente do combate aos negacionismos e à seletividade histórica e social. Memória, Verdade, Justiça e Reparação são as bases para a cidadania e a democracia.

Boa parte dos processos de desinformação que o Brasil tem experienciado estão diretamente ligados à lacuna de debate público sobre o período da ditadura militar no Brasil e ao processo de anistia que infelizmente da forma que foi feita inviabilizou a conscientização da população sobre os crimes realizados e a própria natureza do regime autoritário militar que durou de 1964 a 1985. 

O Letramento Midiático e Informacional no Brasil tem o compromisso de trazer este debate, sempre que possível, de maneira a criar uma cultura democrática, uma percepção da vida pública, com uma cidadania crítica.

Letramento político mobiliza de modo crescente e continuado o acesso a informações e conceitos precisos que fundamentam a formação democrática e as relações de respeito em nossa sociedade diversa. 

Os princípios coletivos que justificam a atenção ao letramento político impõem o acesso a informações fidedignas sobre aspectos formais ligados a direitos civis (individuais, coletivos e difusos), ao funcionamento das instituições políticas e sociais, ao uso preciso de conceitos e referenciais políticos.

O letramento político também  mobiliza a compreensão precisa de conceitos que embasam a alteridade, o respeito ao outro e a consideração da diversidade como uma qualidade fundamental. 

Desinformação é uma questão de política pública no Brasil. Nos últimos anos nos tornamos um caso de preocupação nacional e internacional.

Passar leis relativas à desinformação e criar setores em instituições públicas para acompanhar o desenvolvimento da desinformação no Brasil é urgente.

Garantir a liberdade de expressão de jornalistas e da sociedade civil é fundamental. Cada um desses aspectos se liga diretamente à formação crítica e ao acesso dos cidadãos à informação fidedigna.

Queremos articular a educação superior do país para juntarmos forças para produzirmos e difundirmos cursos, materiais didáticos e investigações científicas de maneira regular, para que possamos atuar no Brasil de acordo com a especificidade da desinformação que circula no país.